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Enxaqueca com aura

ENXAQUECA COM AURA
Sabrina Ravagnani

Sabrina Ravagnani

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Enxaqueca com aura

A enxaqueca com aura é um fenômeno clínico que geralmente precede a dor de cabeça. Vamos explorar mais sobre esse tipo de enxaqueca e como lidar com ela.

A enxaqueca com aura é um tipo específico de enxaqueca que se caracteriza por alterações na percepção visual, tais como pontos brilhantes, luzes cintilantes e outras mudanças visuais que frequentemente servem como prenúncio da dor que está prestes a se manifestar.

“Entre as pessoas que sofrem de enxaqueca, cerca de 25% experimentam a aura. Em uma em cada quatro pessoas diagnosticadas com enxaqueca comum, a aura pode ser o primeiro sinal clínico”, afirma o Dr. Fernando Gomes, neurocirurgião, neurocientista e professor na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Identificando fatores de risco e características da dor na enxaqueca com aura

Existem diversos fatores que podem desencadear crises de dor em pessoas com enxaqueca com aura, como estresse, falta de sono, atividade física intensa, jejum prolongado, consumo de álcool e exposição a diferentes odores. Hábitos pouco saudáveis, como má alimentação e sedentarismo, também podem estar relacionados à dor.

É fundamental que as pessoas mantenham um “diário da dor de cabeça” para identificar quais são os fatores desencadeantes dessa dor crônica e incapacitante. “É crucial que a pessoa consiga reconhecer em si mesma quais são os fatores desencadeantes dessa dor crônica, que muitas vezes é debilitante”, explica o Dr. Fernando.

A dor de cabeça na enxaqueca geralmente afeta apenas um lado da cabeça, é pulsante e pode durar de três a 72 horas. Além disso, é possível apresentar sensibilidade à luz e ao som tanto na enxaqueca com aura quanto na enxaqueca comum.

Diagnóstico e tratamento

A manifestação clínica da aura pode ser preocupante, pois representa uma alteração na percepção visual, que também pode estar presente em condições mais graves, como acidente vascular cerebral (AVC) e acidente isquêmico transitório (AIT). Portanto, é crucial realizar um diagnóstico diferencial.

“Os pacientes geralmente diferenciam a aura como um aviso do problema [dor] que está por vir e depois essa alteração visual tende a desaparecer à medida que a dor de cabeça diminui. Em casos de AVC, por exemplo, ou outros problemas neurológicos, a alteração visual persiste”, explica o neurologista.

O primeiro passo para o tratamento adequado da enxaqueca com aura é excluir outras condições. “É importante obter um diagnóstico preciso por meio de uma história clínica abrangente e exames de imagem e sangue para descartar outras condições semelhantes”, esclarece o médico.

Após o diagnóstico, as abordagens são semelhantes às indicadas para a enxaqueca comum. O paciente deve identificar os gatilhos da dor, entender como a dor funciona e avaliar sua incapacidade. Em seguida, é necessário ajustar o estilo de vida, priorizando uma alimentação saudável, sono adequado e exercícios físicos regulares, além de controlar o estresse físico e emocional.

Existem medicamentos específicos que podem abortar a dor assim que ela surge e reduzir a frequência e a intensidade das dores. No entanto, é fundamental que esses medicamentos sejam utilizados sob orientação de um neurologista, pois o uso frequente de analgésicos por conta própria pode causar efeito rebote e agravar as crises.

“Cada paciente é único, e todos os medicamentos e terapias possíveis podem ter efeitos colaterais. O mais importante é ter um médico que o conheça e o auxilie a gerenciar esse problema de saúde, que é crônico e não tem cura, mas pode ser controlado com tratamento. É possível levar uma vida saudável conhecendo o próprio corpo e utilizando medicamentos específicos para modular essa resposta neuroinflamatória crônica, melhorando assim a qualidade de vida”, conclui o médico.

Atenção ao uso de anticoncepcionais hormonais

Para pacientes com enxaqueca com aura, é importante evitar o uso de anticoncepcionais hormonais combinados, pois isso está associado a um maior risco de AVC, de acordo com informações da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

TEXTO EXTRAÍDO E ADAPTADO DO DR. DRAUZIO VARELLA

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Feito com amor por Sabrina Ravagnani                                 

Cozinheira profissional pelo Instituto Gastronômico das Américas, especialista em ensinar receitas lights, saudáveis e gostosas para você se alimentar melhor.

** Este post tem caráter informativo. Ainda que se baseie em fontes profissionais nas áreas de saúde e nutrição, não substitui de forma alguma o acompanhamento médico ou nutricional. Lembro que cada indivíduo tem suas restrições e condições  específicas, e por isso é importante procurar por um especialista.

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